terça-feira, 30 de novembro de 2010

Caetano Veloso e Maria Gadú: o público aprovou



Caetano Veloso é o compositor da música brasileira que mais arrebatou os corações de nossas cantoras. Além de Gal – sua eterna musa e intérprete – e Maria Bethânia, Elis, Nara, Marina, Rita Lee, Daniela Mercury, Baby Consuelo (do Brasil), Aracy de Almeida, Leila Pinheiro, Nana Caymmi, Angela Maria, Ângela Roro, Fafá de Belém, Clementina de Jesus, Mariana Aydar, Ana Carolina, Vanessa da Mata, Paula Lima…
A mais nova apaixonada pelo baiano é a paulista Maria Gadú. Os dois apresentaram nesta quarta-feira (24) no Via Funchal, em São Paulo, o show Duo. Na verdade, a miniturnê começou no começo do mês em Salvador, onde teve público de cinco mil pessoas.
O encontro dos dois nasceu de forma despretensiosa, na festa de lançamento do Canal Viva em maio deste ano. Juntos, cantaram Rapte –me camaleoa. O público gostou e os dois decidiram por fazer essa série de apresentações juntos.
Por diversas vezes durante a apresentação – que alternou momentos de solo e dueto dos artistas – Gadú mostrou sua admiração por Caetano: nas caras e bocas que fazia enquanto o baiano cantava, nos olhares disparados para ele e nos inúmeros abraços e beijinhos dados no compositor. Embora suas composições não sejam tão sofisticadas quanto às de Caetano (e isso fica evidente quando colocam os dois no mesmo palco), Gadu é a cara da nova geração e já tem o público em suas mãos. Todas suas músicas foram acompanhadas pelo coro da plateia e não faltaram gritinhos de ‘linda’ e ‘gostosa’.
Juntos, Caetano e Gadú cantaram Beleza puraVaca profanaTrem das onzeSampa (essas duas ganharam a plateia paulista), OdaraNossa estranho amor e Menino do Rio.
Sozinho, Caetano combinou canções mais populares do seu repertório, como Alegria, AlegriaDesde que o samba é samba e De noite na cama, com canções mais densas, Milagres do povoGenipapo absoluto eOdeio.
Maria Gadu mostrou suas composições gravadas em seu primeiro e único disco até agora: LaranjaBela florTudo diferente, Dona CilaAltar particular. Teve ainda A História de Lily Braun, de Chico Buarque e Edu Lobo.
O show terminou sem o Shimbalaê, grande sucesso de Gadú. Caetano até se arriscou no refrão em algum momento “Um dia ainda canto essa”, brincou. Em outro momento, disse que prefere ouvir suas composições na voz de seu séquito. “Prefiro cantar músicas dos outros e adoro ouvir os outros cantando minhas músicas”, completou. “No show de Salvador, ouvi a Maria cantando Podres poderes e falei: ‘poxa, que música linda’’’.
Caetano aprovou sua nova intérprete. O público também.




FONTE: REVISTA ÉPOCA

Nenhum comentário:

Postar um comentário